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sexta-feira, novembro 1, 2024
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Campo Grande apresenta projeto de compostagem de podas como case de sucesso em fórum

A parceria público-privada entre a Prefeitura de Campo Grande e a empresa Organoeste tem gerado resultados expressivos na transformação de resíduos de podas de árvores em fertilizantes por meio de compostagem e na redução da emissão de carbono. Entre dezembro de 2023 e maio de 2024, período analisado, foram direcionadas cerca de 800 toneladas de resíduos de manejo arbóreo à empresa, das quais 360 toneladas correspondem ao elemento carbono presente em galhos, folhas e tocos retirados. Além de promover a reciclagem, a iniciativa tem desempenhado um papel crucial na redução das emissões de carbono por essa atividade.

O manejo de árvores, como podas ou remoções, provoca a emissão de carbono, já que este elemento que ficaria estocado na planta, passa a ser decomposto e liberado na atmosfera, quando da sua retirada. A compostagem surge como uma solução sustentável, reaproveitando o carbono e reduzindo significativamente o impacto ambiental.

A Superintendente de Meio Ambiente da Semadur, Gisseli Giraldelli, ressalta a relevância da parceria na diminuição das emissões. “Se essas 800 toneladas de resíduos, onde 360 toneladas correspondem ao carbono fossem descartadas em aterros, cerca de 215 toneladas de Carbono seriam liberadas de volta à atmosfera. Com a adoção da compostagem desse material, a emissão de carbono caiu para 107 toneladas. Desta forma, a compostagem, portanto, não só promove a reciclagem como também reduz consideravelmente a emissão de carbono, beneficiando o meio ambiente e a sustentabilidade ”.

O sucesso do projeto/ação será apresentado no 4º Fórum Latino-Americano e Caribenho de Florestas Urbanas, que ocorrerá em novembro, em São José dos Campos/SP. O evento reunirá especialistas de diversos países para discutir boas práticas de manejo e conservação das áreas verdes urbanas.

Regra 3/30/300

Outra iniciativa relevante no manejo de árvores urbanas é a aplicação da regra 3/30/300, uma diretriz globalmente reconhecida para enfrentar crises climáticas. A proposta é que cada cidadão possa visualizar pelo menos três árvores a partir de sua janela (3); que cada bairro tenha 30% de cobertura arbórea (30); e que os moradores estejam, no máximo, a 300 metros de uma área arborizada (300).

A Prefeitura de Campo Grande entregou ao Comitê TCOW/Brasil, interlocutor da Arbor Day Foudation – FAO/ONU, uma carta de intenções em que a Capital se compromete a ser a primeira cidade do Brasil a adotar a recomendação internacional denominada Regra 3-30-300, como uma das estratégias para adaptar Campo Grande às mudanças climáticas.

Campo Grande visa aplicar essa diretriz para assegurar uma distribuição equitativa da arborização em toda a cidade, em parques, praças ou áreas com árvores conectadas por canteiros. Com essas ações, o município reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a adaptação à crise climática, com a busca por soluções inovadoras que preservem o meio ambiente e melhorem a qualidade de vida da população.

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