A falta de respeito com a vida das pessoas faz parte da campanha eleitoral da candidata a prefeito de Coronel Sapucaia, a vereadora Niagara Patrícia Gauto Kraievski (PP), e do seu candidato a vice-prefeito, o vereador Carlos Magno Fernandes (União Brasil), o “Carlão”.
Durante carreata realizada na noite de domingo (29) pelo candidato Carlão, uma ambulância transportando o senhor Evelácio Rocha da Silva, 85 anos, que estava em estado grave, foi barrada, colocando em risco a vida do enfermo que estava sendo deslocado para receber atendimento médico no hospital.
Segundo a esposa do paciente, Marlene Cândido da Silva, os organizadores da carreata não abriram para a ambulância passar, mesmo com o veículo tentando desviar dos outros carros no ato político.
“O motorista da ambulância buzinou, pedindo para eles saírem da estrada, abrirem a estrada para a ambulância passar. Ele tentou desviar, mas os outros carros não deixaram a ambulância passar. E nós ficamos ali esperando, esperando e o motorista da ambulância teve que xingar o Carlão para ele deixar a gente passar”, revelou dona Marlene.
Ela contou ainda que o motorista da ambulância explicou que o marido dela estava em estado grave e que corria risco de morte. “Mesmo assim, o Carlão demorou ainda mais um pouco para tirar a caminhonete da frente para nós irmos para o hospital”, denunciou, revoltada com a situação.
“Aquele vagabundo! Porque ele tinha de ficar trancando a passagem da ambulância uma hora daquelas”, reclamou, revelando que a demora agravou ainda mais o estado de saúde do esposo Evelácio Rocha da Silva.
“Nós chegamos aqui no hospital com o meu velho muito mal. Aquele vagabundo do Carlão é o culpado. Se acontecer qualquer coisa com o meu velho, ele vai se f….”, xingou a dona Marlene.
Ela completou que os candidatos podem fazer política, mas, primeiro, eles têm de respeitar, pelo menos, o ser humano que está doente. “A rua é pública e eles não podem fechar o trânsito, liberar a rua”, reclamou.
A dona Marlene lembrou que o marido estava respirando com dificuldades e teve de colocar no balão de oxigênio. “O meu velho estava passando mal, estava quase morrendo e eu pedi para o Carlão liberar a estrada. Aí, ele demorou para sair ainda e fez de propósito”, lembrou.
Ela contou que o médico ficou preocupado com a demora. “Nós demoramos a chegar ao hospital e o médico perguntou porque a gente demorou, pois ele tinha mandado a ambulância há mais de 15 minutos. Eu expliquei que a estrada estava fechada e não deixavam a ambulância passar para trazer o meu velho”, revelou.