O deputado Pedro Kemp (PT) fez um apelo na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), durante a sessão ordinária desta quarta-feira (8), para que o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Campo Grande atuem para reduzir a fila de espera por consultas oftalmológicas e cirurgias de cataratas. O parlamentar sugeriu a ampliação de convênios e adoção de planos para a realização dos atendimentos e procedimentos médicos.
“Atualmente, cerca de 11,5 mil pacientes aguardam por consultas oftalmológicas e 4,7 mil esperam pela realização de cirurgia de catarata em Mato Grosso do Sul. Tem paciente esperando há oito anos pelo atendimento. Solicitamos que sejam realizados esforços de ambas autoridades para potencializar os atendimentos, reduzindo, com urgência, as filas de espera”, disse.
Kemp ressaltou que a Capital vive um caos na área da saúde. “Recebi fotos do Posto de Saúde do Jardim Leblon superlotado, inclusive paciente deitado no chão, sala de Assistência Social fechada e sem médicos para atender. Isso tem acontecido em todos as unidades de saúde, pois se agravou o surto de doenças respiratórias e centenas de pessoas necessitam de atendimento emergencial”, falou.
Em razão das longas filas de espera para a primeira consulta em cirurgia ortopédica eletiva, cirurgia plástica geral, oftalmologia e exames de imagem, o Ministério Público do Estado (MPE), ingressou com Ações Civis Públicas com Pedidos de Tutela Provisória de Urgência em face do Estado de Mato Grosso do Sul e do município de Campo Grande.
“A situação é grave e precisamos de medidas urgentes. Em todas as Ações Civis Públicas, o Ministério Público deu o prazo de 180 dias para que seja efetivado um plano concreto de ação, com metas e cronograma definidos, para a redução das filas de espera”, informou Kemp.
Professor Rinaldo Modesto (Podemos) e Pedrossian Neto (PSD) defenderam a aprovação do projeto de lei que contempla a transparência do Sistema de Regulação, para que os usuários consigam verificar em qual posição estão e tenham uma estimativa de quando farão o procedimento.
“São 61 mil pessoas à espera de consulta com especialistas e 14 mil pessoas na fila de espera por cirurgias eletivas . É necessário estabelecer um Portal da Transparência”, afirmou Pedrossian.