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terça-feira, novembro 26, 2024
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Aprender Mais na Reme é ampliado pela Prefeitura com mais duas turmas em 2024

O projeto Aprender Mais na Reme, de alfabetização e letramento, lançado nesta segunda-feira (01), pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), foi ampliado para o ano letivo de 2024 e será empregado aos alunos dos 7º e 8º anos, com alguma dificuldade em Língua Portuguesa e Matemática. O projeto de recomposição da aprendizagem é pioneiro no Brasil ocorre no contraturno das aulas. Aplicado em 2023 para turmas dos 4º e 5º anos, a recomposição na alfabetização atendeu 5 mil alunos da Rede Municipal.

Segundo o secretário municipal de Educação, Lucas Henrique Bitencourt, os professores atuantes no projeto são escolhidos pelos diretores das unidades escolares. “Vamos trabalhar em uma recomposição daquilo que o aluno não finalizou ainda. Tudo com muito respeito, para que ele possa ser inserido no contraturno. O aluno vai para a escola com um horário exato e com um planejamento desse professor alfabetizador que vai trabalhar especificamente com esse grupo de estudantes”.

Para fazer parte do projeto, o aluno passa por uma avaliação diagnóstica. “A recomposição da aprendizagem acontece em função da pandemia da Covid-19. O projeto ocorreu no ano passado, para as séries dos anos iniciais, e foi ampliado para mais turmas, dando sequência e consolidando a alfabetização. Agora esse aluno que já está no 7º e 8º ano, terá o que precisa, de fato, pois ele já possui a alfabetização fidelizada”, acrescentou o secretário.

Conforme a chefe da Divisão do Ensino Fundamental e Médio da Secretaria Municipal de Educação, Ana Ribas, com a implementação do simulado REME, foi identificada uma lacuna na aprendizagem dos alunos dos anos finais, que hoje estão nos 7º e 8º anos, em Língua Portuguesa e Matemática. “Este ano, em 2024, a novidade é fazer a recomposição em Língua Portuguesa e Matemática desses alunos que estão também matriculados nos anos finais. Outras cidades e capitais do Brasil já entraram em contato conosco pedindo o protótipo do projeto, porque atende efetivamente a todas as etapas de ensino. Então, temos um projeto específico com adaptação da matriz curricular para a educação infantil, ensino fundamental nas etapas iniciais e finais, e EJA”.

De acordo com a superintendente de Políticas Educacionais, Ana Dorsa, são de 15 a 20 alunos por turma. “É uma aula com metodologias que atendam às necessidades desses alunos com um número reduzido. Nós vamos ter salas de 4º e 5º anos com foco na alfabetização e letramento. Vamos ter salas com Língua Portuguesa e salas com Matemática para atender os anos finais. Porque nem sempre será o mesmo aluno. Pode ser que eu tenha dificuldade em Língua Portuguesa, mas não esteja tão mal em Matemática. Então, nós vamos atender uma diversidade de alunos da Reme”.

Eliane Alves de Rezende, diretora da Escola Municipal Prof. Virgílio Alves de Campos, diz que o Aprender Mais na Reme é um projeto inovador. “Com o projeto os alunos avançaram bastante, principalmente na questão da alfabetização. Ter a continuidade do projeto é bastante positivo porque nós estamos com uma certa defasagem de aprendizagem”.

Coordenadora dos 5º anos da Escola Municipal Professor Fauze Scaff Gattass Filho, Claudette Elisa Sigari, afirma que em 2023, foram mais de 50 alunos atendidos na unidade pelo projeto. “Ajudou muito as nossas crianças que estavam com essa defasagem devido à pandemia. Acho a expansão do projeto maravilhosa, porque sempre tem aqueles alunos que em um ano não conseguem atingir todas as habilidades. Estávamos ansiosos para que começasse logo”.

Segundo o diretor da Escola Municipal Professora Arlene Marques de Almeida, Anderson Soares Muniz, no ano passado, foram sete turmas do 5º ano do projeto. “À medida que eles iam avançando, a gente trazia alunos do 4º ano para a alfabetização. É um ganho muito grande, porque nossos alunos estão caminhando para a conclusão do ciclo estudantil e eles têm oportunidade de serem multiplicadores. Trabalhamos muito com atividades em grupo, e mesmo o formador dando as aulas, dando reforço, trabalhando com atividade diferenciadas, os alunos acabavam se ajudando”.

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