Desde 2003, quando foi preso em flagrante pela Polícia Federal pelo crime de tráfico de drogas, o idoso de sessenta anos vem experimentando as conseqüências legais de sua carreira criminosa. Na ocasião, drogas, armas, dinheiro e escrituras imobiliárias foram apreendidas.
Paralelamente à prisão em flagrante, F.F.V. (60 anos), seguiu sendo investigado por fatos criminosos, dentre eles o homicídio do Delegado, Dr. Robinson Benedito Maia, por organização criminosa através de faccionados que agem dentro e fora dos presídios, por lavagem de dinheiro, dentre outros crimes graves.
Considerado perigoso, conta com mais de vinte anos de prisão, fixados em condenações judiciais diversas e ostenta, ao menos, três fugas do sistema prisional em sua ficha, inclusive do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima.
A polícia ainda suspeita que o condenado seja associado ao líder de uma organização criminosa conhecido por Pepito, responsável por um laboratório de refino de cocaína, no estado de Mato Grosso.
Desta vez, investigadores do DRACCO – DEPARTAMENTO DE REPRESSÃO À CORRUPÇÃO E AO CRIME ORGANIZADO, com o suporte qualificado do LAB/LD – LABORATÓRIO DE TECNOLOGICA CONTRA A LAVAGEM DE DINHEIRO, ambos da POLÍCIA CIVIL DE MATO GROSSO DO SUL, apuraram que num intervalo de 13 anos, o condenado e outras pessoas físicas e jurídicas a ele ligadas, movimentaram o montante de R$ 53.448.591,51 (cinquenta e três milhões, quatrocentos e quarenta e oito mil, quinhentos e noventa e um reais e cinquenta e um centavos), entre aquisições de imóveis, automóveis de luxo, sendo que para tanto, utiliza-se dos já conhecidos “laranjas” e de empresas de fachadas e operações financeiras simuladas com vistas a dissimular o enriquecimento ilícito oriunda do tráfico de entorpecentes.
Chamou a atenção dos investigadores do DRACCO a artimanha do preso agora indiciado que sequer poupou a própria filha, menor de idade, pois em seu nome registrou um veículo de alto padrão e valor, uma LAND ROVER/EVOQUE.
Na tarde de 29 de julho de 2021, F.F.V. (60 anos) foi indiciado pelo crime de Lavagem de dinheiro, com pena que pode chegar a dez anos de reclusão, caso seja condenado.
Ainda foram constatados por meio do DRACCO, outras catorze pessoas físicas e cinco empresas que serviam ao processo de branqueamento de ativos da organização criminosa desarticulada.