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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Em entrevista,  Marcelo Miglioli diz que Prefeitura precisa de recursos para retomar construção de barragens

Os meses de janeiro e fevereiro em Campo Grande costumam registrar chuvas intensas, que acabam dificultando o andamento dos cronogramas de obras na capital de Mato Grosso do Sul. No entanto, outro problema foi relatado pelo titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli.

O secretário conversou com o Correio do Estado e informou que todos os problemas de infraestrutura de Campo Grande já estão mapeados, mas faltam recursos para resolver os mais complexos, já que eles envolvem a necessidade de uma obra maior e, consequentemente, mais recursos financeiros.

Miglioli comenta que o município está em contato com o governo federal, com o governo do Estado e com a bancada federal de Mato Grosso do Sul para buscar recursos e destravar essas obras. Um dos exemplos citados pelo secretário é a barragem no Córrego Segredo, a qual seria importante para sanar os problemas de um dos locais onde mais ocorrem enchentes da Capital.

Nós estamos na época de chuvas em Campo Grande e, quando elas vêm fortes, a gente sabe que muitos locais sofrem com o acúmulo de água. Como estão os projetos de contenção de enchentes?

Na verdade, nós temos problemas que são maiores e problemas que são menores, e nós já temos mapeados esses problemas menores, do dia a dia, e estamos com uma equipe de drenagem própria na rua, atacando pequenos problemas pontuais, que acabam gerando um desconforto para a população. E nós temos problemas maiores, que envolvem a necessidade de uma obra, de uma empresa contratada.

Estamos com algumas obras em andamento. Nós temos, hoje, bacias de contenção sendo feitas em várias regiões da cidade. Um exemplo dessas bacias é aquela da Avenida Mato Grosso com a Avenida Hiroshima, que inclusive já está em operação e já nos ajudou muito nesse período de chuvas.

Nós tivemos umas duas ou três chuvas torrenciais ali que, se não fosse aquela bacia, provavelmente nós teríamos mais uma vez uma inundação na região do shopping. Isso não ocorreu porque foi feito esse trabalho. Então, são duas frentes em que nós estamos atacando.

Havia um projeto antigo que previa a construção de barragens no Córrego Segredo, o que ajudaria na retenção do acúmulo de água naquela região. Esse projeto será colocado em prática?

Na verdade, nós já temos um mapa de praticamente todos os problemas da cidade. E qual é a grande dificuldade? Todos os serviços envolvem recursos e nós temos que alocá-los.

Então, nós estamos conversando com o Estado e com o governo federal. Estamos fazendo o nosso trabalho interno para ver de que forma a gente pode conseguir recurso. Conseguindo recurso, nós vamos seguir essa agenda.

É importante a gente falar que Campo Grande tem um passivo muito grande nessa área de drenagem, e esse passivo vem de muitos e muitos anos. Então, os problemas já estão levantados, já estão mapeados, e agora nós estamos em busca de solução.

Algumas soluções nós já vamos colocar em prática, por exemplo, nós temos um problema de inundação lá na região norte, na Avenida Cônsul Assaf Trad e na rua que vai para o Hospital São Julião.

Nós acreditamos que, concluindo aquelas obras do Bairro Nova Lima, que nós já temos duas etapas prontas e vamos relicitar outras duas, vamos dar uma minimizada naquela região.

Nós temos uma outra região muito séria em Campo Grande, que é a região do Bairro Noroeste. Ele joga muita água para o Bairro Chácara dos Poderes e aqui para a BR-262, que é a saída de Três Lagoas. Ali, nós estamos apenas com uma obra, não vamos conseguir resolver o problema do Noroeste, mas nós temos já levantada a solução.

Nós temos um problema que talvez seja o mais grave para se resolver em Campo Grande, que é o da Avenida Rachid Neder com a Avenida Ernesto Geisel, que é onde você está, inclusive, falando que existe esse projeto dessas barragens do córrego para a gente poder resolver aquela situação.

É uma obra grande e complexa, que envolve muitos recursos. Então, o mapa dos problemas nós já temos. Agora, temos que buscar recursos para que possamos ir atacando ponto a ponto.

Então não há previsão porque ainda depende de os recursos serem liberados?

Sim, os que têm previsão são aqueles que eu já tenho recursos alocados. Então, no Bairro Nova Lima eu já tenho alocado.

Nós temos uma obra no Bairro Noroeste que nós estamos fazendo, temos recursos para fazer a relicitação daquele trecho de Avenida Ernesto Geisel, que foi paralisado e que a empresa devolveu o contrato e depois deu uma licitação deserta. Mas aquilo que tem mapeado e que ainda não tem recurso eu não tenho como falar em prazo.

O PAC contemplou algumas obras de contenção de erosão, entre elas, a da Ernesto Geisel e a do Rio Anhanduí. Há uma previsão de quando serão destinados recursos para essas obras?

Olha, é difícil falar. Isso aí é uma pergunta que tem que ser feita para o governo federal. A gente espera que seja quanto antes.

Ainda sobre os repasses do PAC, há alguma obra que já deve ser iniciada este ano? Se sim, qual a previsão de entrega?

Na verdade, nós temos algum recurso do PAC antigo. Por isso que eu digo, nossa prioridade aqui está sendo realmente pôr para andar todas aquelas obras que são de convênios, que são de recursos antigos.

Essa é a nossa agenda principal. Limpando essa agenda, a gente vai entrar na agenda de novos projetos.

Outra obra importante e antiga é a revitalização da antiga rodoviária. Quando ela deve ser entregue e por que está ocorrendo essa demora?

Vou te passar as informações que foram passadas para mim, eu não estava na gestão, mas houve um erro, um problema no projeto de fundação. Então, demorou de oito a nove meses para poder resolver o projeto de fundação.

Esse problema foi resolvido, eu fiz uma visita à obra na semana passada ou retrasada e ela está andando no ritmo normal. Estou satisfeito com o andamento da obra, e a gente tem o cronograma para entregá-la neste ano de 2024.

Então, os problemas de atraso que ocorreram lá foram anteriores à minha chegada aqui, mas a informação que eu tenho é de que atrasou por conta do projeto de fundação.

A previsão é de que ela seja entregue até o fim deste ano?

Nós estamos trabalhando forte para que a gente possa entregar quanto antes, mas o compromisso que nós estamos assumindo é de entregá-la até o fim do ano.

Como está o cronograma de recapeamento este ano e quais são as vias que devem ganhar asfalto novo?

Esse é um problema sério de Campo Grande, todo mundo sabe disso, todo mundo fala sobre isso. Até a gente está ouvindo as pessoas comentando sobre a questão do recapeamento, nós sabemos qual é a solução, mas a solução envolve recurso. Então, estamos com planejamento sobre o que é preciso ser feito.

Agora, nós temos que fazer o planejamento financeiro dentro do planejamento financeiro que nós tivermos. E aí também a gente conta com a bancada federal, com o governo do Estado e com recurso próprio do município, e, dentro do que nós tivermos de recurso, vamos fazer um programa de recapeamento.

Até se os agentes federais nos ajudassem nessa parceria, seria muito interessante para Campo Grande, porque, realmente, há muita necessidade de recapeamento.

A Avenida Duque de Caxias está passando por uma revitalização. Houve uma redução nos trabalhos por conta das chuvas? Há alguma previsão de ela ser reformada com força total? E os outros trechos da avenida, quando devem ser licitados?

Na verdade, existe uma obra no local por conta do Município de Campo Grande. Foi feita uma pactuação entre o Município de Campo Grande e governo do Estado, em que o município faria uma alça e o governo do Estado faria outra.

Então, eu posso falar sobre a alça que está sendo gerida pelo Município de Campo Grande.

Nós tivemos agora, no fim do ano, uma redução de serviço que é normal em todas as obras de pavimentação, porque não dá para você fazer pavimentação no período de chuvas, não tem produção e o serviço sai comprometido. Por conta disso, esperamos retomar agora.

Nós tivemos uma situação no fim do ano em que estávamos esperando algumas liberações de recursos federais, aquela obra tem uma parte que é com recurso federal, e esse recurso não veio, nós estamos correndo atrás dele e esperamos tocar com tranquilidade agora aquela obra da Avenida Duque de Caxias.

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