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quinta-feira, novembro 28, 2024
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Adolescente avisou mãe quando foi abordada pelo Maníaco do Parque das Nações Indígenas dentro de carro de aplicativo

Uma adolescente de apenas 14 anos de idade é uma das sete vítimas do predador sexual José Carlos Santana, o “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”. Ela revelou à Polícia Civil que foi através de reportagens veiculadas sobre a prisão do criminoso que o reconheceu.

Segundo relato da adolescente à Polícia, no dia 13 de setembro, por volta das 15h33, a mãe dela pediu pela plataforma de aplicativo um motorista para levá-la de uma loja, da região central da cidade, até a sua casa, mas, quando entrou no carro, já percebeu que o motorista olhava para ela de forma inconveniente.

A menina relatou que durante o trajeto o “Maníaco do Parque das Nações” a chamou para tomar um café com ele, mas a garota negou e, neste momento, com medo do motorista, passou a mandar mensagens para a mãe: “mãe, eu acho que o motorista está dando em cima de mim.”.

A adolescente ainda escreveu: “perguntou se eu queria tomar café com ele, se eu namorava. Estou quase chorando.” Nas mensagens, ela também digitou: “estou com medo e olhando o GPS para ver se está indo certo.”

A menina disse na delegacia que durante todo o percurso o “Maníaco do Parque das Nações” insistiu para que ela fosse tomar café com ele, mas falou que tinha de ir para casa e para a academia, quando José Carlos falou que a adolescente não precisava de academia. O caso foi registrado como importunação sexual.

Uma outra vítima de 23 anos também procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) quando sofreu assédio do predador sexual. O caso da vítima aconteceu no dia 26 agosto por volta das 9 horas e a jovem disse que estava em um mercado perto de sua casa, quando, na saída, percebeu que um homem a estava seguindo falando ao celular.

Ela relatou que José Calos a seguiu até a porta de sua casa, em um condomínio, e quando viu que a mulher iria entrar, disfarçou e voltou pelo mesmo caminho. A jovem contou que ele fingia falar ao celular e ficava falando palavras desrespeitosas, como “muito gostosa, nossa que delícia”, dentre outras palavras de baixo calão.

A vítima também o reconheceu por reportagens veiculadas sobre sua prisão. Condenado por estuprar 10 mulheres em Campo Grande, após ser preso em 2007, José Carlos Santana, conhecido como “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”, voltou cometer os mesmos crimes estuprando quatro mulheres e importunando outras três.

Na sua captura feita pela Deam, a delegada Elaine Benicasa disse que o predador sexual afirmou que não conseguia se controlar e orava quando cometia os crimes. Os estupros recomeçaram no ano passado e, segundo a delegada, ele não se preocupava em esconder o rosto e usava sempre as mesmas roupas para cometer os crimes, que eram os uniformes do lava-a-jato que tinha em Terenos.

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