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domingo, novembro 24, 2024
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Polícia Nacional do Paraguai acusa vereador de integrar quadrilha que atacou policiais na fronteira

A Polícia Nacional do Paraguai acusa o vereador Juan Antonio Villalba, do distrito de Yby Pitã, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, de fazer parte da quadrilha armada que atacou seis policiais paraguaios no último domingo (3) na região. Ele seria ligado ao chefe da quadrilha, o narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, um dos cinco bandidos mais procurados pela Justiça do Paraguai.

Segundo o Ministério Público do Paraguai, o político e o próprio narcotraficante estariam entre o grupo que expulsou os policiais a tiros de área usada por “Macho” para cultivo de maconha. Eles contaram que, ao serem descobertos na região dominada pelo traficante, o vereador e alguns seguranças os abordaram e mandaram que saíssem do local.

Houve discussão e logo em seguida o vereador voltou acompanhado de Felipe Riveros e dezenas de homens armados, ocupando caminhonetes. No estilo dos cartéis mexicanos, os bandidos abriram fogo contra os policiais e os obrigaram a fugir. A polícia paraguaia suspeita que os agentes foram ao local para extorquir dinheiro de “Macho”, foragido da Justiça há seis anos.

Desde segunda-feira (4), pelo menos 150 policiais de grupos táticos da Polícia Nacional do Paraguai estão na região à procura da quadrilha de “Macho”. Na tarde de ontem (5), a força-tarefa chegou a uma das propriedades e encontrou grande quantidade de maconha.

Yby Pitã fica no Departamento de Canindeyú, na faixa de fronteira com os municípios sul-mato-grossenses de Sete Quedas e Paranhos. Condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de um pecuarista em 2005, “Macho” está foragido desde 2017 após ser beneficiado com prisão domiciliar por recomendação médica.

Segundo a polícia, ele comanda o tráfico de drogas na região e utiliza mão de obra indígena para cultivar maconha. “Macho” espalhou notícia na região que seria “intocável” porque tem todos os policiais do departamento em sua folha de pagamento. Após o ataque, o chefe de Investigações, comissário Reinaldo Delgado Arce, e o diretor da Polícia Nacional em Canindeyú, Victor Tandi Vargas, foram destituídos dos cargos.

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