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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Mais da metade dos vereadores do PSD cogita deixar partido na próxima janela

Mais da metade dos oito vereadores do PSD em Campo Grande já cogita deixar o partido na próxima janela partidária, em abril de 2024, por insatisfação com a forma “morosa” que as executivas estadual e municipal estão tratando as eleições municipais do ano que vem.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, pelo menos cinco parlamentares do partido – Junior Coringa, Professor Riverton, Silvio Pitu, Tiago Vargas e Valdir Gomes – já estariam ouvindo propostas de outras legendas para tentar a reeleição em 2024.

Procurado pela reportagem, o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, que deve assumir a executiva municipal, disse acreditar que possa acalmar os ânimos dos vereadores mais revoltados com a condução adotada pelo PSD para o próximo pleito.

“Dizem que a política é igual à nuvem, então, vamos aguardar. Tudo tem o seu tempo e o seu momento. O partido também é maduro o suficiente para fortalecer a legenda e dar a eles a tranquilidade para a reeleição”, disse ontem, com exclusividade ao Correio do Estado.

Com relação à demora para que assuma oficialmente o diretório municipal do PSD em Campo Grande, Marquinhos Trad lembrou que o prazo regimental para que todos os partidos definam seus diretórios municipais é o dia 31 de julho, portanto, ainda há bastante tempo.

Sobre a possibilidade de sair candidato a vereador nas eleições de 2024, ele disse que vai depender de uma decisão em conjunto. “Vou me reunir com aqueles que são os nossos pré-candidatos e os que vão buscar a reeleição para decidirmos em conjunto se vou ou não me candidatar”, argumentou.

DESCONTENTES
O vereador Junior Coringa, líder do PSD na Câmara Municipal de Campo Grande, disse ao Correio do Estado que, como foi um dos fundadores do partido, está trabalhando para não sair do PSD.

“Eu estou buscando a unidade do partido para termos uma legenda forte para o próximo ano porque, se não estivermos fortalecidos, não vamos conseguir eleger uma boa bancada e não teremos cabeça de chapa”, alertou.

Ele cobrou mais agilidade do presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, para definir logo o presidente municipal do partido em Campo Grande.

“Se vai ser o Marquinhos, coloca logo, se não vai ser, já escolhe um outro para a gente poder discutir a sucessão municipal, porque hoje nós estamos parados porque não temos um presidente respondendo pelo municipal”, reclamou.

Junior Coringa disse que sua vontade é ficar no PSD, mas informou que já recebeu convites de vários partidos. “Tenho uns 10 partidos que me convidaram, mas, como tenho interesse de ficar no PSD, vou trabalhar para compor uma chapa forte para fazer uma bancada numerosa na próxima eleição”, projetou.
Apesar disso, o vereador disse que tudo pode acontecer no futuro. “A gente está no aguardo de que o PSD se reestruture e que a gente não precise sair”, pontuou.

Já o vereador Valdir Gomes confirmou que estuda convite de outras três siglas e avalia qual será o melhor caminho para a reeleição. “Eu preciso de mais um mandato e estou vendo para onde vou, se para o PP, o PSDB ou o PSB. Não me decidi ainda”, declarou.

O parlamentar explicou que precisa ser reeleito para conseguir concluir o projeto da Vila do Idoso. “Esse é um projeto meu e não posso deixar inacabado, pois não sou um vereador figurativo. No momento, não ouvi nenhuma conversa da executiva municipal para montar chapa”, reclamou.

O vereador Professor Riverton é outro que estaria aguardando a janela partidária de abril de 2024 para migrar para o PP, que é o partido de sua “madrinha” política, a senadora Tereza Cristina.
No caso do vereador Silvio Pitu, conforme disse ao Correio do Estado, o problema é a falta de movimentação por parte do diretório municipal para a eleição do ano que vem.

“Se não tivermos mudanças urgentes, tenho de procurar outra legenda, pois, assim como o vereador Valdir Gomes, também preciso ser reeleito”, afirmou, revelando que recebeu convites de outras siglas.

Outro que já está com o pé fora do PSD é o vereador Tiago Vargas, que, mesmo estando inelegível por determinação da Justiça Eleitoral, acredita que poderá reverter a decisão e tentar a reeleição em 2024, mas por uma outra legenda, provavelmente o PL.

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