O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) encontrou-se, na manhã de ontem, em Brasília, com o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) para tratar sobre o cenário político de Mato Grosso do Sul e, em especial, de Campo Grande.
Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, Bolsonaro deixou bem claro para Pollon que, se o PL de Mato Grosso do Sul lançar o deputado federal como candidato à Prefeitura de Campo Grande, terá o seu apoio incondicional.
Além disso, o ex-presidente teria reforçado que, diferentemente das eleições gerais do ano passado, quando dividiu o seu apoio entre as candidaturas de Capitão Contar (PRTB) e de Eduardo Riedel (PSDB), nas eleições municipais de 2024 só apoiará candidatos do PL.
Na prática, Bolsonaro disse que, se o PL lançar Pollon como candidato a prefeito de Campo Grande e o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) como candidato a prefeito de Dourados, só subirá no palanque dos dois.
Ou seja, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) não poderá contar com o apoio de Bolsonaro na candidatura à reeleição da prefeita Adriane Lopes, caso o PL lance mesmo Marcos Pollon como candidato na Capital.
Nem mesmo o governador Eduardo Riedel poderá contar com a ajuda do ex-presidente para o candidato do PSDB, que no momento é o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), caso Pollon seja o candidato do PL em Campo Grande.
FORTALECIMENTO
O Correio do Estado procurou o deputado federal Marcos Pollon e ele disse que, se for necessário apresentar o seu nome para disputar a prefeitura da Capital, não fugirá da responsabilidade.
“Só que tudo isso parte de uma conversa muito maior, que inclui o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. O que for melhor para o grupo, o que for melhor para o partido e para a construção do retorno de Bolsonaro à Presidência da República em 2026 eu farei”, garantiu.
Segundo o parlamentar, hoje, a sua missão é trabalhar para consolidar a direita em Mato Grosso do Sul e buscar a união de todos os seus expoentes no Estado, e isso passa também pelas prefeituras das principais cidades, inclusive Campo Grande.
“Estou disposto a oferecer o meu nome para contribuir com a missão que me for dada. Reitero sempre que não é uma pretensão pessoal, mas encaro sempre o serviço público como uma missão. Eu recebi um encargo do povo sul-mato-grossense, que é de representá-lo em Brasília, e tenho me esmerado para poder responder à altura da expectativa das pessoas que confiaram em mim”, assegurou.
Sobre a conversa que teve com Jair Bolsonaro, Pollon reforçou que foi sobre o cenário político do PL no Estado. “Falei tudo o que fiz nas últimas semanas, como a coisa se desenrolou, o que aconteceu. E, além disso, pedi orientação de como devo proceder nos próximos passos”, informou.
O deputado federal disse que também contou ao ex-presidente que convidou o ex-deputado estadual Capitão Contar para se filiar ao PL, mas até então não teve resposta.
“Também foi conversado sobre a importância de fortalecermos o PL no Estado. Vi que saíram algumas notícias nesta semana falando que para ter o apoio de Bolsonaro não precisa ser do PL, o que não procede, pois o presidente reforçou que o seu partido é o PL e que a legenda precisa ser fortalecida em Mato Grosso do Sul para o embate de 2026”, garantiu o parlamentar.
Marcos Pollon argumentou que as pessoas ainda não entenderam que o partido de Bolsonaro é o PL. “Há o partido do presidente, e o nosso objetivo é fortalecer esse partido”, pontuou, ressaltando que nas próximas eleições não poderá haver um monte de candidato afirmando que é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro porque isso não será verdade.