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terça-feira, novembro 26, 2024
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Com meta de imunizar 12,7 mil crianças de 0 a 5 anos, Campo Grande só vacina 3,4 mil contra a poliomielite

Com uma meta de imunizar contra a poliomielite 12.738 crianças de zero a 5 anos de idade em Campo Grande, a campanha só atingiu 3.433, ou seja, 26,95% do previsto pelas autoridades de saúde pública.

Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em 2022, foram 10.640 crianças vacinadas contra a poliomielite em Campo Grande, o número representou uma cobertura vacinal de 81,69%.

Em Mato Grosso do Sul, conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), em 2022 foram aplicadas 128.041 doses na população alvo, o que representou uma cobertura vacinal de 73,95%, ou seja, 45 mil crianças não tomaram o imunizante.

Entre os 79 municípios, apenas 36 superaram a marca de cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul – Antônio João, Aral Moreira, Bandeirantes, Caarapó, Caracol, Cassilândia, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Deodápolis, Douradina, Eldorado, Glória de Dourados, Inocência, Itaquiraí, Ivinhema, Jateí, Ladário, Laguna Carapã, Miranda, Naviraí, Novo Horizonte do Sul, Paraíso das Águas, Paranaíba, Porto Murtinho, Rio Negro, Rio Verde, Santa Rita do Pardo, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sete Quedas, Sonora, Tacuru e Vicentina.

A Sesau informou que a poliomielite está dentro das campanhas estabelecidas anualmente pelo Ministério da Saúde e que há previsão de uma nova campanha de vacinação contra a pólio no início do próximo mês, conforme calendário previamente divulgado pelo órgão.

No entanto, é importante reforçar que as doses seguem disponíveis para a população brasileira durante todo o ano nas unidades básicas e de saúde da família.

De acordo com a médica infectologista Silvia Uehara, existem algumas explicações possíveis para avaliar o baixo índice da cobertura vacinal contra a doença, uma delas está relacionada à falta de informação sobre a doença.

O fato de as pessoas não verem mais com frequência portadores de sequelas da doença por não haver mais casos novos no Brasil, isso faz com que o medo de adoecer seja menor.

Por outro lado, informações anti-vacinas são disseminadas com maior velocidade pelas redes sociais, mesmo não sendo verdadeiras, leva ao risco de ressurgimento da doença em nosso país, como ocorreu com o sarampo.

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