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sexta-feira, novembro 29, 2024
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Na Vila Carvalho, tradicional passeio ciclístico do Dia do Trabalhador é lembrança de infância

Reunindo centenas de pessoas nas ruas de Campo Grande, o tradicional passeio ciclístico do Dia do Trabalhador, celebrado nesta segunda-feira (1º), faz parte do calendário de muita gente que mora na Capital, sendo que o evento é quase uma tradição de família e também faz parte das memórias da Vila Carvalho, onde os ciclistas se concentram todos os anos.

Nascido e criado no bairro, Luis Henrique, de 47 anos, afirmou ao Correio do Estado que o passeio faz parte de suas memórias de infância e, hoje, leva o filho Diego, de apenas três anos.

O pequeno ainda não participa da pedalada, mas já é levado para ver a movimentação, já que a tradição precisa ser passada para as próximas gerações

“Eu trouxe ele para ver. Este evento é a marca da Vila Carvalho, eu lembro desde a infância e hoje eu o trouxe para saber como é”, explicou.

Pai que cresceu vendo o passeio na Vila Carvalho, hoje leva o filho de três anos para o evento

Pai que cresceu vendo o passeio na Vila Carvalho, hoje leva o filho para o evento. Foto: Bárbara Cavalcanti

Como todo o evento tradicional, este também tem seus personagens marcantes, pessoas que marcam presença todos os anos e sempre trazem algo que os destacam na multidão.

No passeio ciclístico isso fica a cargo de Rildo Theodoro de Oliveira, de 56 anos, que trabalha como peão de fazenda, mas todo dia 1º de maio vai com sua bicicleta até a Vila Carvalho para participar da comemoração.

A diferença está no fato de que ele leva uma buzina dentro da mochila e faz o som ecoar pelas ruas por onde os ciclistas passam.

Ele participa todos os anos e o mais recente que se recorda foi o último antes da pandemia de Covid-19, em 2020, que forçou todos os eventos serem cancelados, fazendo com que naquele ano não tivesse o passeio.

“Nem lembro da última vez que estive aqui, sei que participei de um antes da pandemia. Sempre estou por aqui”, reforçou.

Ciclistas saíram da avenida das Bandeiras e vão pedalar até p Parque nas Nações Indígenas, passando pelo Centro de Campo Grande

Ciclistas saíram da avenida das Bandeiras e vão pedalar até p Parque nas Nações Indígenas, passando pelo Centro de Campo Grande. Foto: Bárbara Cavalcanti

Além de atrair os moradores da Carvalho e figuras marcantes, o cortejo também encanta quem começou a frequentar o local há pouco tempo, bem como aqueles que buscam fazer laços de amizade por meio do pedal.

Naiara Barbosa, de 33 anos, é vendedora e aproveitou o dia de folga para fazer algo diferente. Ela já pratica o esporte há um tempo e pedala toda a semana, mas diz que já é seu segundo ano na comemoração.

“Eu pedalo toda semana, e já é a segunda vez que participo do evento. É muito bom quando tem algo sim, diferente”, comentou.

Por sua vez, Gleiciane Teixeira, de 36 anos, participa há mais tempo e essa é a quarta vez e afirma que gosta de ir porque reúne muitas pessoas e é diferente.

“Já é a quarta vez que participo, gosto muito quando reúne o pessoal extrovertido, é empolgante e diferente”, disse.

O PASSEIO
Segundo informado pela Guarda Municipal Metropolitana de Campo Grande, o passeio contou com, aproximadamente, 700 ciclistas.

A concentração foi em frente a sede da Ciclo Ribeiro, organizadora do evento desde seu início. A multidão saiu da Avenida das Bandeiras em direção ao Centro da Capital, de onde vão seguir para o Parque das Nações Indígenas.

Além da pedalada, a empresa também irá promover o sorteio de 30 bicicletas para os participantes.

A tradição do passeio ciclístico do Dia do Trabalhador nasceu com uma ideia do empresário e ex-vereador de Campo Grande, Clemêncio Frutuoso Robeiro, fundador da Ciclo Ribeiro, uma das lojas mais tradicinais de bicicleta da Capital.

Todos os anos em que foi realizado, a concetração saiu da sede da empresa, na Avenida das Bandeiras, na Vila Carvalho.

Ribeiro faleceu no dia 09 de julho de de 2021, vítima de complicações da Covid-19. Hoje quem organiza o passeio e está à frente dos negócios é seu filho Gleison Cleber Ribeiro de Andrade, de 44 anos.

Hoje, ele também é um dos que lembram com carinho dos passeios durante sua infância e trabalha para dar continuidade ao legado do pai.

“A festa foi um sucesso total e é tradicional ali na Vila Carvalho, tradicional da nossa cidade, e eu mesmo já participava desde pequenininho”, afirmou.

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