Com a paralisação nacional dos professores nesta quarta-feira (26), alunos da Rede Municipal de Ensino enfrentarão mais uma interrupção no calendário letivo. Tem escola municipal que fechou os portões para os estudantes na semana passada, dará dois dias de aula e então, mais uma “folga” prolongada para as crianças. Outra unidade da Reme só abrirá por mais um dia nesta semana e depois, só volta a receber os meninos e meninas na terça-feira que vem.
O Campo Grande News questionou, mas a Semed (Secretaria Municipal de Educação) não informou quantas escolas estarão fechadas nesta quarta-feira por causa da greve dos educadores e nem se o dia letivo terá de ser reposto.
Na Escola Municipal de Tempo Integral Hilda de Souza Ferreira, localizada no Bairro Coophatrabalho, além dos feriados do dia 7 e 21 de abril, alunos também não tiveram aulas presenciais nesta segunda e terça, para que professores participassem de conselhos de classe, e só voltam ao colégio na quinta-feira. Contando com o fim de semana, esta última interrupção na rotina é de cinco dias, embora os dias 24 e 25 contem como dias letivos, já que estudantes levam atividades para fazer em casa.
Depois de ter aula nos dias 27 e 28, estudantes saem para mais um fim de semana prolongado pelo feriado de 1º de maio e só voltam na terça-feira que vem, dia 2 de maio.
Já a Escola Municipal Carlos Vilhalva Cristaldo, no Jardim Aeroporto, enviou recado aos pais nesta terça-feira (25), informando que fechará para os alunos amanhã e depois, reabre na sexta e depois, só os recebe de volta na terça-feira que vem.
A Reme tem 205 unidades, sendo 99 escolas e 106 creches. São 109.552 crianças matriculadas.
Escolas estaduais
A Rede Estadual de Ensino manteve a quarta-feira como dia letivo e vai exigir a reposição das aulas perdidas dos professores que decidiram aderir à paralisação. Até o fim desta tarde, apenas a Escola Estadual Manoel Bonifácio Nunes da Cunha havia informado a SED (Secretaria de Estado de Educação) que não funcionaria amanhã. Em Mato Grosso do Sul, são 348 escolas estaduais.
A greve
Professores da rede estadual e municipal aderiram à greve geral em defesa da educação pública. Além de pedir que o Novo Ensino Médio seja revogado, os docentes lutam reajuste do piso salarial referente ao ano de 2024, de 40,57%.