Na manhã desta quinta-feira (16), a engenheira civil Analu Mendes Mali, de 29 anos, sobrevivente do acidente que matou quatro de suas amigas na última sexta-feira (10), se manifestou pela primeira vez desde o ocorrido, em suas redes sociais.
No comunicado, publicado em seu Instagram, Analu informou que após cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, finalmente pôde ir para o quarto, e respira sem ajuda de aparelhos.
“Meu quadro segue estável e melhorando, mas ainda tenho muitas dificuldades”, escreveu.
A engenheira também agradeceu as orações e mensagens de carinho.
“Agradeço novamente a todas as pessoas que estão me dando forças, sei que logo estarei de volta a minha rotina, será um processo longo, mas sou guerreira, forte e vencerei mais essa batalha”, concluiu.
Analu Mali foi socorrida no local do acidente, ainda consciente, e chegou ao hospital em estado grave, com fraturas diversas no quadril, tórax, pulsos, fêmur e cervical.
Acidente
Por volta das 20h30 da última sexta-feira (10), o grupo de cinco amigas de 28 e 29 anos seguia para a cidade de Rio Verde do Mato Grosso, localizada a 205 quilômetros da Capital, quando o veículo em que estavam, um Fiat Argo, bateu de frente em uma caminhonete Hilux. A colisão aconteceu na BR-163 na saída de Campo Grande para Cuiabá, na altura do KM 501.
Lais Morinigo Paim, Letícia de Mello da Silva, Carolina Peixoto dos Santos e Kaena Guilhen Fernandes morreram no local. A engenheira civil Analu Mendes Mali foi socorrida, e encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande.
O condutor da caminhonete, padre Wagner Divino de Souza, de 45 anos, sacerdote da Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua, também foi socorrido e encaminhado ao hospital, sem ferimentos graves, e recebeu alta pouco depois.
Conforme informações preliminares apuradas pela Polícia Rodoviária Federal, a condutora do Argo, que morreu na tragédia, estaria fazendo uma ultrapassagem em faixa contínua.
Vítimas
Kaena Guilhen Fernandes fazia faculdade de psicologia, trabalhava na recepção de uma clínica, e era presente na igreja. Frequentava a Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio, mesma Igreja do padre Wagner, que dirigia a caminhonete.
Em seu perfil nas redes, a Catedral Santo Antônio comunicou, com “profundo pesar”, o falecimento de Kaena.
“Descanso eterno dai-lhe o Senhor e a luz perpétua a ilumine”, diz publicação.
Carolina Peixoto dos Santos, de 28 anos, era engenheira civil, e desde 2019 atuava no Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica do Mato Grosso do Sul (Segov).
Em nota, o EPE lamentou o falecimento da servidora, e afirmou que “A lembrança deixada por Carol é de uma mulher apaixonada pela profissão, por viagens, pelos amigos que a rodeavam e pelas pequenas alegrias diárias”.
Letícia de Mello da Silva era bancária, e Lais Moriningo Paim trabalhava como administradora de uma empresa de locação de caçambas de Campo Grande.