29.8 C
Campo Grande
sábado, novembro 23, 2024
InícioGovernoCom volta de impostos federais, Mato Grosso do Sul segura ICMS da...

Com volta de impostos federais, Mato Grosso do Sul segura ICMS da gasolina em 17%

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) disse que quer manter em 17% o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da gasolina no Estado após o retorno da cobrança de impostos federais nesta quarta-feira (1º).

Está marcada para segunda-feira (6) uma reunião do Fórum de Governadores em Brasília para discutir a questão. “O Estado vai manter o posicionamento da alíquota de 17% do índice, que é a melhor alíquota do Brasil. Caso a gente entenda que consegue manter o orçamento dentro do planejamento de crescimento do Estado, vai possibilitar a diminuição e manutenção do tributo baixo. Sem perder a capacidade de investimento e entrega”, afirmou.

O Fórum é um grupo de trabalho de governadores que atua para construir um acordo para que os estados e o Distrito Federal consigam a compensação de recursos “perdidos” com as mudanças no ICMS (um imposto estadual) sobre itens como combustíveis durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

As conversas com representantes dos Três Poderes têm divergências na fórmula de fazer os cálculos entre Consefaz (Conselho Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal), que estima as perdas em R$ 45 bilhões, e o Tesouro Nacional, que tem uma estimativa bem menor.

Os governadores têm pressa em recuperar os valores da arrecadação do ICMS. Segundo o grupo, a expectativa é de que até março haja solução com a anuência de todos os estados e poderes da República.

Histórico
O ICMS é um tributo estadual que incide sobre combustíveis e outros serviços essenciais. No ano passado, foram aprovadas duas leis complementares que reduziram as alíquotas desse item, levando a queda na receita dos estados. Os governadores estimam que somente em 2022, após a entrada em vigor das legislações, as perdas de arrecadação nos cofres dos estados ultrapassaram R$ 33,5 bilhões.

A Lei Complementar 194 determina a aplicação de alíquotas de ICMS pelo piso de 17% ou 18% para produtos e serviços essenciais quando incidir sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Já a Lei Complementar 192 unificou a forma de apuração do ICMS, especificamente sobre combustíveis, que passou a ser por unidade de medida, em vez de um percentual sobre o preço médio do produto vendido nos postos.

Uma das saídas para recuperar a arrecadação do imposto, está na regulamentação de um dispositivo da Lei Complementar 194 que estabelece compensação, por parte da União, quando a perda de receita de um estado exceda 5% em relação à arrecadação de 2021. Outros caminhos são as discussões via Congresso Nacional, de uma reforma tributária, por exemplo, ou mesmo pelo STF, que já tem ações que questionam a constitucionalidade das duas leis complementares.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Most Popular