Após o atual presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache, que é candidato à reeleição, dizer, em entrevista concedida ontem (06/02) ao programa Rádio Livre, da FM 104,7 Educativa, que sua gestão tem transparência financeira, o deputado estadual Zeca do PT voltou à carga.
Para o petista, falta transparência na Cassems e assegurou que não há eleição na entidade por medo. “Não tem eleição nunca porque ninguém se atreve a concorrer dada a ditadura implantada lá. Quero direito apenas a uma reeleição para permitir renovação, nova mentalidade a cada quatro ou cinco anos”, respondeu.
Ele também não concorda com a prestação de contas realizada atualmente. “Presta conta para quem está lá. Virou um cabide de sindicalista fracassado. Quero que preste contas a um fórum que pode ser criado com participação do Governo do Estado, Assembleia, com participação de servidores de outras entidades, para que de fato tenha uma prestação e veja onde se gasta esta dinheirama toda com servidores, que eu não sei o que fazem e que é um esquemão de algumas pessoas”, concluiu.
Entrevista
Na entrevista, Ricardo Ayache destacou, como principais pontos positivos da Cassems, a humanização do atendimento, especialização e pioneirismo em tratamentos complexos, como transplantes, o respeito ao beneficiário e o equilíbrio econômico. Ele lembrou que atualmente a entidade ocupa a 16ª posição entre os melhores planos de saúde do Brasil graças ao trabalho competente de seus “donos”, os servidores públicos estaduais, que fiscalizam a aplicação dos recursos e indicam as metas de crescimento e atendimento.
Segundo Ricardo Ayache, as eleições na Cassems são realizadas de forma direta, com a participação por voto de cada servidor público associado. A gestão democrática e a possibilidade de reeleição são previstas em estatuto. Conforme o presidente da Cassems, além do voto, os servidores participam da gestão também por meio dos conselhos de administração, fiscal e de consultorias médicas.
Já a prestação de contas acontece trimestralmente e anualmente, com a participação de seus “donos”, os servidores públicos, e de conselheiros indicados pelo próprio Governo do Estado. Balanços, despesas e receitas estão, segundo ele, atualizados no Portal da Transparência. Essa gestão compartilhada, mas austera, garantiu, segundo Ayache, que a Cassems conquistasse nota 9 de 10 em um índice nacional de planos de saúde que avalia sustentabilidade, equilíbrio financeiro e transparência.