Com 40 mil curtidas e 21 mil comentários até o momento, um post na rede social Instagram ajudou a identificar o casal Cláudio Jacomelli e Clarice Custodio Jacomelli, residentes em Naviraí (MS), como participantes nos ataques aos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal), Congresso Nacional e Palácio do Planalto, em Brasília (DF), no último dia 8 deste mês.
O destaque nacional se deu no último domingo (22), quando ambos apareceram em uma página na Internet criada para identificar os nomes das pessoas que participaram dos atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes.
Aposentado, Cláudio Jacomelli é ex-analista judiciário do TJMS (Tribunal da Justiça de Mato Grosso do Sul), enquanto Clarice Jacomelli, sua esposa, seria professora da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Naviraí.
Ambos seguiram para Brasília juntos em um ônibus da Viação Netto, empresa com documentação registrada em Vicentina (MS). Com mais de 1,1 milhão de seguidores, o perfil já identificou outros sul-mato-grossenses presentes no ato.
Na ocasião, o locatário do veículo disse que o custo médio de um aluguel de um ônibus de porte grande custa em média R$ 27 mil. O proprietário da empresa também destacou que 19 dos 20 nomes que seguiram para a capital federal já tinham retornado ao Estado.
No último dia 11, questionado sobre possíveis desdobramentos e investigações posteriores, Valdemar Benedetti Hermenegildo, dono da empresa de ônibus, alegou que, caso solicitado pela Polícia Federal não teria qualquer resistência em divulgar o contratante do veículo, assim como o nome de todos os passageiros do ônibus.
Além de Cláudio e Clarice Jacomelli, também foi identificado Amauri Rodrigues, outro morador de Naviraí. De óculos escuro, boné e camiseta do Brasil, é ele o primeiro a aparecer nas imagens gravadas por Andrea Barth, motorista também em Naviraí, responsável por filmar outros sul-mato-grossenses que seguiram para o ato.
As filmagens também identificaram Edson Rodrigues, autônomo e proprietário da empresa Calango Pneus, em Itaquiraí (MS). O STF abriu três inquéritos para investigar os autores, executores e financiadores dos crimes. De acordo com a PGR (Procuradoria-Geral da República), os investigados cometeram quatro crimes previstos na lei antiterrorismo e outros seis previstos no Código Penal.