Desde ontem, quinta-feira (12), a divulgação dos gastos em cartões corporativos da presidência da República, na gestão de Jair Bolsonaro, do PL, que está nos Estados Unidos da América, desde o fim do ano, dois dias antes da posse Lula, o papo dominante entre os curiosos é esse: como gastar dinheiro onde ele, o mandatário, no caso, nem sequer foi lá.
Trata-se de uma das viagens que o ex-presidente fez a Mato Grosso do Sul.
Há gastos, por exemplo, dele e da comitiva, que somaram R$ 44 mil num período de dois dias, nas cidades de Bonito, Porto Murtinho e, também em Dourados.
Mas, conforme as datas das visitas e as notas com valores consumidos, o presidente nem sequer apareceu nestes locais.
A justificativa seria essa: antes de o presidente pisar em solo sul-mato-grossense vem antes sua equipe, principalmente a de segurança.
Mas os gastos alvoraçam. As somas com o cartão corporativo da presidêndia, em MS, segundo dados do portal da transparência do governo federal, foram pagas entre os dias 12 e 13 de dezembro de 2021.
Nesse período, o ex-presidente seguiria para Carmelo Peralta, cidade paraguaia separada por um rio do município sul-mato-grossense Porto Murtinho. No evento que participaria seria anunciada a construção de uma ponte sobre o rio Paraguai.
Tempo de chuva e por orientação da equipe de voo de Bolsonaro suspendeu a visita. A decisão teria sido tomada já no ar. O ex-presidente acabou mudando a rota – ele pousaria primeiro em Bonito, depois passaria em Porto Murtinho, daí ia para o Paraguai.
Pela chuva, o avião com Bolsonaro pousou em Campo Grande. Ele foi até o Mercadão, comeu pastel e tomou guaraná, além jogar na Mega Sena. Conversou com aliados.
AOS GASTOS
De acordo com o portal, o cartão corporativo da presidência pagou R$ 12,6 mil por gastos numa hamburgueria, em Bonito. O presidente não foi lá.
Sem ter ido a Porto Murtinho, o cartão corporativo de Bolsonaro foi usado para pagar contas que somaram R$ 13,6 mil.
Já em Dourados, cidade também não visitada pelo ex-presidente, os gastos quitados com o cartão foi de R$ 18 mil, recurso que teria sido usado para pagar combustível.
Nos quatro anos de gestão, Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões com o cartão corporativo. As conhecidas motociatas, por exemplo, eram custeadas pelo cartão corporativo, que é pago com o dinheiro dos contribuintes.
Com informações do Correio do Estado