Com instruções voltadas à segurança e controle das unidades penais de Mato Grosso do Sul, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) iniciou, na sexta-feira (6), o 4º Curso de Intervenção Prisional e Escolta (CIPE), sob coordenação da Escola Penitenciária (Espen) e instrutores que compõem o Comando de Operações Penitenciárias (COPE).
A qualificação tem o apoio do Exército Brasileiro, que cedeu as instalações do 20º Regimento de Cavalaria Blindada (20º RCB), em Campo Grande, para a realização das aulas.
O CIPE acontece em regime de internato, com carga horária total de 270 horas/aula, envolvendo atividades teóricas e práticas, com disciplinas como: intervenção tática prisional; gerenciamento de crises; atendimento pré-hospitalar tático; armamento e tiro; técnicas e tecnologias não letais; vigilância de muralhas; escolta armada; segurança administrativa, entre outras.
Ao todo, 29 alunos iniciaram a capacitação que, entre outras finalidades, qualifica para ingresso no Comando de Operações Penitenciárias. Desse total, além dos policiais penais da Agepen, dois agentes de execução penal federal estão sendo qualificados.
De acordo com os instrutores, nesta primeira fase os alunos serão submetidos a intenso desgaste físico e psicológico. Primeiramente, é trabalhado o condicionamento, com muita atividade física, privação de sono, de fome, entre outros; depois entra na parte mais técnica, mais prática, com aulas de tiro, escolta e intervenção, inclusive com estágio dentro de presídios.
O curso de intervenção e escolta prepara para o ingresso no Comando de Operações Penitenciárias (COPE), que representa a força de reação do sistema prisional do estado, seja na prevenção ou contenção em situações de crise.
Para a realização do 4º CIPE, além do Exército, a Agepen conta com o apoio da Secretaria Nacional de Serviços Penais (antigo Departamento Penitenciário Nacional) e do Corpo de Bombeiros Militar.
Da 1ª à 3ª edição, o CIPE promovido pela Agepen, capacitou 140 pessoas.
Keila Oliveira, Agepen